quinta-feira, 18 de junho de 2009
Nos últimos anos, o avanço tecnológico dos computadores e dos gravadores de CDs e DVDs fez com que os custos de gravação e produção de um CD musical diminuíssem. Pequenas empresas entraram no mercado fonográfico e nomes antes desconhecidos, como CD prensado, queimado, replicado, duplicado, surgiram para diferenciar os CDs produzidos por grandes e pequenas empresas, de forma industrial ou “caseira”.
E quais são as diferenças entre esses nomes? E qual tem a melhor qualidade? Quais as vantagens de um sobre o outro? Essas perguntas, geralmente, são feitas quando uma banda está prestes a gravar um novo trabalho e quer ter uma grande quantidade de CDs, porém, com custo baixo. O mercado apresenta as possibilidades, mas e daí, o que fazer?
Tipos de CDs - O consumidor pode encontrar no mercado 4 modelos de CDs. O mais comum é o CD - R (Recordable), que tem a capacidade de ser gravado uma única vez. O outro modelo é uma evolução do CD – R e tornou-se conhecido como CD – RW (ReWritable). Esta nova mídia permite gravar e apagar os dados no disco por centenas de vezes.
Os outros dois modelos de CDs têm a mesma aparência física dos CD- R e do CD – RW, porém os CDs de áudio (encontrados nas lojas de discos) e os CDs ROMs (de informática) são prensados a partir de moldes contendo dados digitais, enquanto os CD-Rs e CD-RWs são “queimados” com laser.
Os CDs prensados e queimados podem ser produzidos por empresas especializadas, porém, o CD queimado tem o mesmo processo de gravação dos computadores caseiros. “O CD prensado é o da fábrica, produzido de forma industrial”, diz Micheli Kaiser, supervisora comercial da Disc Press.
Os CDs industrializados são fabricados nos pólos industriais de Manaus e de São Paulo. Régis Deolindo, diretor comercial da Fonomidia, destaca o alto padrão de qualidade desde o primeiro contato com o produto. “Desde o momento em que pegamos o produto já percebemos a qualidade pela definição da imagem, da textura, da fotografia ou do texto impresso no rótulo do CD”. Mas os critérios para reprodução de um CD prensado e de um CD queimado são diferentes. Por esse motivo, algumas bandas optam por gravar somente em CD-R, pois pode ser produzida qualquer quantidade: 50, 200, 500 unidades de CDs. Para o processo industrial de gravação é necessária uma quantidade mínima de 1000 unidades por matriz.
Algumas diferenças: As diferenças do CD queimado para o prensado estão na quantidade de camadas. O CD prensado comum é composto de três camadas: uma camada de plástico de cerca de 1,2 mm de espessura, uma camada de alumínio, ouro ou platina onde são gravados os dados, e sobre ela uma camada protetora de verniz. O CD-R também tem estas três camadas, porém, a diferença é a existência de uma quarta camada, entre o plástico e a camada reflexiva, justamente a camada onde são gravados os dados. Esta fina camada é composta de produtos sensíveis ao calor, que tem sua composição química alterada devido ao calor gerado pelo feixe laser do gravador, muito mais potente que o usado na leitura do CD. As partes da superfície queimadas pelo laser ficam opacas e criam pequenas bolhas, deixando de refletir a luz do leitor, substituindo sulcos dos CDs prensados.
Outra diferença entre a fabricação das diferentes técnicas de gravação entra no campo de contagem para as premiações de Disco de Ouro, Platina etc. O CD prensado conta para conquista dos prêmios, enquanto o CD queimado, na maioria das vezes, não entra na contagem, pois não consta o número de série.
Para produzir CDs queimados para fins comerciais, os autores deveriam autorizar as reproduções, o que, segundo fontes que não quiseram identificar-se, não são solicitadas. Ou seja, o CD queimado, na maioria das vezes, não paga os direitos autorais dos autores e transgride a Lei 6.910 dos Direitos Autorais.
O processo de leitura dos CDs prensados e dos "queimados", no entanto, é sempre o mesmo: rastreamento óptico da superfície com raios laser. Alguns CD players e drives de CD-ROM mais antigos podem não ler mídias graváveis tão bem quanto lêem os discos prensados, mas de modo geral os CD-Rs de boa qualidade podem ser bem lidos em qualquer equipamento.
Como tudo que o bom senso manda, gravar um CD, seja ele prensado ou queimado, tem suas vantagens e suas desvantagens. A escolha final fica a critério dos objetivos de cada conjunto musical.
0 Comments:
Post a Comment